sábado, 29 de dezembro de 2012

Certeza

Às vezes vê-se um mar revolto de palavras calmas
Em que a água parece secar de tanto o amor beijar
Outras, corre veloz como a saudade espelhada no olhar
Na profundeza da união inequívoca das almas
Como rio sem permissão para desaguar
Apenas a certeza de alcançar o mar.
Tal como a lágrima à boca vai desembocar
Se nenhum beijo a puder libertar.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Voltar

Respirar o mesmo ar
Olhar o mesmo mar
Sentir o mesmo sonhar...
Fazemos e desfazemos
Sonhamos e acordamos
Brincamos e vivemos...
Escrevemos palavras
Sussurramos promessas!
Somos o abraço sentido
Dum amanhã apetecido
Que sabemos chegar
Qual maré de encantar.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Querer…

Pudesse eu parar o tempo
Quando olho o mar
Refletido nesse olhar
Doce e salgado...
Pudesse eu sentir
A aragem que me traz
O beijo premente e ausente
Que acaricia meus lábios...
Pudesse eu voar
E tocar as estrelas
E teríamos todo o tempo para nós.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Só tu…

Desta vez,
A surpresa de mansinho,
Maré calma sem revolta…
Desta vez,
Uma declaração de amor e saudade…
Sincera, despida de intenções…
Pura, genuína…
É assim o Amor
É assim a Vida
És assim tu…

sábado, 17 de novembro de 2012

Lembro…

Aquele olhar triste
A lua, o sol e o mar
Um marejar diferente
Pouco comum de se encontrar…

sábado, 10 de novembro de 2012

O melhor ainda está por vir

Há ainda muita onda por rebentar...
Querido mar! Sorridente e triste,
ora devoras sonhos, ora os intensificas…
Sussurras que o ocaso é apenas, e tão só,
o terminar do dia…
Entendo a tua cumplicidade e promessas…
Acredito, e vou esperar junto a ti,
que o melhor ainda está por chegar…

domingo, 4 de novembro de 2012

Razão e emoção…

Marés que desabam em tempestades,
outras que transportam tranquilidades…
Sabores e dissabores provocados por palavras,
ora carinhosas e geniais, ora agressivas como punhais,
quais atos que extasiam ou avassalam o âmago do ser…
Amor, teia ardilosa que gera laços invisíveis e indestrutíveis…
Mar de emoção que ora acicata, ora apazigua a razão.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Acreditar

Na força do investir
No poder do silêncio, no persistir…
Olhar de novo dentro desse olhar
Emocionar-se com o poder
Desta forma de comunicar…
Qual doce bater das vagas
Promessas que o coração emite
E que o mar transmite…

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Traços

Quantas vezes se pintam esboços
Sombras de rostos por descobrir
Sorrisos a desvendar, olhares a decifrar
Vazios a preencher até o destino se cumprir
E o quadro, por fim, emergir…
O que nunca se esbateu foi o horizonte,
Com a deslumbrante vista de mar!

sábado, 22 de setembro de 2012

Ondulando…

Vislumbra-se uma onda que se destaca
Ondulando devagar, mas firme
Envolta em mistério, ao sabor do presságio…
Só a escuridão permite ver claramente as estrelas!
Como a lua haverá de ajudar a clarear o caminho…

sábado, 8 de setembro de 2012

Coragem

Nada de medos
Cada dia é um novo dia
Cada maré, uma renovada promessa
Na força das ondas nos encontraremos
Na liberdade dos sonhos que pairam no horizonte
Nos entenderemos e nos amaremos
Num tempo sem fim…

domingo, 26 de agosto de 2012

Abrigo…

Corro para a praia
Galgo o caminho que me separa do mar
Respiro-te, sonho-te, inspiro-me
Só assim suporto o silêncio que me impus…

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Sonho…

Sonho que o mar me traz segredos teus
Palavras doces, apaixonadas, sentidas…
Corro para a praia apressada, descalça
Fico em frente a ele vendo as ondas rebentar…
Vejo-te chegar de mansinho, mesmo antes de acordar…

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Marejar

Quando fecho os olhos ouço o mar
No rebentar das ondas escuto o teu nome
Em cada vaga um grito de saudade
Lágrimas no olhar, desespero no coração
O oceano ecoa o teu e o meu nome
Mas tu não ouves…

domingo, 12 de agosto de 2012

Olhares...

Das marés cheias de ausências
De praias por beijar e abraçar
Palavras que valem pelos silêncios
Das águas que não param de vazar …

sábado, 7 de julho de 2012

Somos mar

No raiar das marés calmas
Na imprevisibilidade das ondas selvagens
Na beleza paradoxal para além do tudo e do nada
No horizonte dos olhares doces e salgados
No espraiar juntos pela praia sem rumo
Em ondas contraditórias de bem-estar e de dor
Num destino marcado em vaga de fado
Em dias de chuva jubilados pelo sol
Dos nossos sorrisos…

domingo, 24 de junho de 2012

Navegar

Quero mergulhar nesse olhar doce e terno
Lê-lo e interpretá-lo sem reservas
Nele aprender a navegar
Sem me afogar…

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Solstício

Acabava a primavera
Iniciava-se o verão
E algo mais nascia
Com vista para o mar…

domingo, 17 de junho de 2012

Beijos

Beijar o dia antes que escureça
Abraçá-lo com toda a força e fervor
Corpos que são rios e desaguam no mar
Promessas feitas ao entardecer
Algures entre as palavras irão diluir-se
Mar adentro…

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Escrever

Quando escrevo o mundo esfuma-se.
Sou só eu, a página em branco e as estrelas…
Ah! E este deslumbrante mar que afoga qualquer mágoa
Que ilumina qualquer sombra…
As palavras surgem de vontades espelhadas nas estrelas
Que me induzem a escrever coisas sem importância
Com tanto por dizer…

domingo, 27 de maio de 2012

Saudade

Enrolo as palavras
Em silêncios enlevados
Na cadência enredada das ondas
De um futuro que há-de vir…

terça-feira, 15 de maio de 2012

A gota...

De facto
basta uma gota de água
para fazer transbordar
um copo…
Ou mesmo,
todo um oceano!

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Água doce

Às vezes ficamos sem palavras
Com vontade de agarrar o pensamento
E libertá-lo nas ondas do mar salgado,
tão apetecido quanto azul,
desalmadamente amado…
Mas, palavras? Leva-as o vento!
O pensamento? Voa…
E o sal do corpo…
Esse! Leva-o a água doce…

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Fogo no mar

Dos olhares que se repetem pelos dias
Renascem manhãs em ondas por mergulhar
Pensamentos revestidos de tristezas e alegrias
Caminhos que adivinham fogo no mar.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Mar

Nas tuas águas me liberto
E me espelho em reflexos:
O sentimento tem que ter reflexo!
Quanto mais amados, mais amamos
Se esquecermos, seremos olvidados
Se estamos em paz, reflectimos calmaria...
Os afectos só espelharão bem-querer,
Se o espelhado o merecer!
Por vezes, é preciso sofrer
Nos espelhos da vida aceitar
Que a maré, em qualquer altura,
Vai livremente mudar!

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Espera

Às vezes fico quieta a olhar o mar
Encantada alongo-me na contagem das marés
Enquanto as lembranças me inundam a alma
Sinto os pés molhados e enredados na poesia
Imbuída do sonho de te ver acordar…

quinta-feira, 12 de abril de 2012

A volta

Mulher
Ganha coragem
Parte nas ondas mansas
Não queiras ficar
Ao sabor de ventos tempestuosos,
Traiçoeiros e banais…
Volta
Em dia de sol à beira mar esperada
Quando reinventada
Pronta para voltar a amar
E a confiar!

 

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Recanto

Procurar aquele pedacinho de praia
Voltada para o mar
Para habitar feliz como em sonhos
E avistar o mar…
Às vezes pensa-se estar lá!
Chega-se a sentir o seu perfume, o seu gosto, o bem-querer…
Vem uma onda qualquer e tudo leva!
Bem, nem tudo…
De facto, quase nada…
Mas estraga, corrompe, e de novo é preciso recomeçar…
Voltada para o mar
Só quem procurar bem, vai encontrar!

sexta-feira, 30 de março de 2012

O som do amor!

Somos todos sobreviventes
de naufrágios
mais ou menos profundos…
A cor do amor deveria ser única e inconfundível
para não haver tanta gente desiludida…
O seu cheiro também deveria ser ímpar!
Tal como o seu sabor!
A alma sofre das ondas que desconhece!
É preciso prevenir contra as ondas traiçoeiras,
e são tantas as que habitam este mar,
como são doces as que parecem flutuar
entoando canções de afagar
no cadenciar das marés…

Coloridos

Há tanta cor neste sonho
Como azul é o céu e o mar
Sentados na beira do barco
Esperança embebida no olhar.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Ao luar

A chama do mar
Pode queimar
Corpos e almas
Impreparadas
Impregnadas
De luares…

terça-feira, 27 de março de 2012

Comandante

Marinheiro/a sem mar e sem navio
Os ventos foram-te, muitas vezes, adversos
Remaste, outras tantas, contra a maré
Coragem é coisa que não te faltou
A humanidade nunca te abandonou
É preciso navegar e escolher caminhos…
Mas, será que somos nós que conduzimos o barco?
Ou não será o mar que nos comanda?
Ilusão humana de que somos nós que comandamos…
Nem sempre o fazemos, aliás, quase nunca…
Somos mais controlados que controladores
Embora sonhemos comandar, controlar, capitanear
Algum navio que parece perdido no mar…
Por muito que se queira manter o leme direito
Quando menos esperamos mudamos de rumo!
É assim que aprendemos a segurar o leme!
Mas o comando! Esse, é d’Ele.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Mergulho!

Gosto de mergulhar inteira
Em águas límpidas e transparentes
Espelhos de almas verdadeiras
Deslumbrantes e apetecidas
Quais pingos de chuva em dias de verão
Em dias prometidos só para mim…

domingo, 25 de março de 2012

Ciclos

Nos ciclos das marés me revejo
e me reencontro…
Na mudança de estação,
de solstício ou de equinócio,
me renovo e reinvento…
Como pertença e liberdade
na certeza e ambiguidade
da metáfora do poema que existe em mim
e para além de mim…

sexta-feira, 23 de março de 2012

Ondulando

O bater das ondas
O seu cadenciar vibrante
O seu aroma aliciante
Lembram os pés molhados ao final da tarde
Primavera doce com laivos de verão
O olhar distante e enamorado
Caminhando, sonhando, vivendo…

terça-feira, 20 de março de 2012

Onda de esperança

Fosse eu onda e inundar-te-ia
de beijos doces, abraços fortes,
sonhos sonhados em noites de luar…
Fosse eu essa onda de esperança
e nasceria de novo, outra e outra vez só para te ver chegar
à minha praia sozinho, vestido de amor,
doente de saudade pela madrugada dentro
e ficávamos assim parados
olhares fixos no mar, num abraço só, sem fim…
Fosse eu esta onda deste mar…

domingo, 18 de março de 2012

Ondas...


Quando as ondas batem de frente, não há como evitá-las. Enfrentá-las é o remédio…
Depois é preciso secar-se lentamente, como se se tratasse de uma ferida profunda…Fica a lição, na maré alta é preciso prevenir, para não ter depois que chorar quando a maré baixar…
Esta é a primeira onda de muitas Marés que estão para vir, baixas, altas, o que importa? Enquanto houver marés e as puder observar aqui estarei para transmitir o meu sentir.